Gabrielle Agah
(1990 São Paulo)
Gabrielle ‘Agah’ Haddad sempre gostou de mesclar palavras e imagens, desde cedo tinha o habito de escrever poesias, diários. Teve contato com instrumentos e teorias musicais, frequentou aulas de piano. Em 2014 formou-se em Artes Visuais, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Desde então, procura interligar as suas criações de forma mais palpável, encontrando na linguagem audiovisual e sonora uma maneira de se expressar, mesmo que sutilmente. Apresentou sua obra como instalação na Fundação Ema Klabin em 2013, e no espaço Ibrasotope de Musica experimental, em 2015/16 de forma ao vivo. Recentemente lançou um album próprio online com o selo independente Malware.
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O meu trabalho é feito em uma espécie de colagem mental, vou misturando o que falo com barulhos que capto, ou gravo na hora mesmo algum instrumento musical ou batida sonora. creio que propositalmente é algo bem simples em sua essência, ou seja, sem necessitar de grandes aparatos tecnológicos. Contudo as criações de áudio foram gravadas e manipuladas com o auxílio de recursos digitais (programas de computador e aplicativos de celular), que puderam captar ruídos: de pessoas, animais, objetos cotidianos, paisagens urbanas e campestres, instrumentos musicais (piano, escaleta, entre outros). Posteriormente estes materiais sonoros foram justapostos com declamações (palavras faladas em voz alta), experimentações vocais (sussurros, assobios, etc.), incluindo efeitos e filtros de edição eletrônicas até mesmo sonoplastias pré-definidas. A minha pesquisa artística permeia neste âmbito multidisciplinar, partindo da poesia simbolista/concreta, do universo onírico, do automatismo psíquico. A buscar uma essência intuitiva durante o meu processo criativo, ao captar momentos cotidianos. Os gravo e edito conforme vou misturando os elementos sobrepostos, a provocar assim paisagens e poesias sonoras.